Arraial da Penha

Pode-se dizer que o Arraial da Penha é a célula-tronco de Barreiras. Os primeiros povoadores que chegaram à região, navegando pelo Rio Grande, instalaram suas fazendas cerca de duas léguas do rio. A área escolhida para fincarem as primeiras casas é um vale bucólico, cercado de morros e terras muito férteis, com água em abundância brotadas das minas. Por suas características topográficas, pegou o nome de Buracão. Devido ao rápido desenvolvimento do local, houve a necessidade da construção de uma igreja. Erigida apropriadamente sobre uma grande rocha (penha), a igreja foi dedicada a Nossa Senhora da Penha. E a partir daí o local foi rebatizado de Arraial da Penha. Após a instalação das fazendas ao redor do Buracão, o produto da terra dadivosa era tão abundante – arroz, milho, feijão e rapadura – que o excedente precisava ser comercializado. A proximidade do rio navegável facilitou o surgimento de um porto permanente onde teve início um importante intercâmbio comercial. Os barcos traziam ferramentas, sal, tecidos e medicamente e retornavam com os produtos agrícolas. Em consequência disso começaram a surgir junto ao porto os primeiros morador estabelecendo os traços da primeira ruela – hoje a Rua Humaitá – considerada por isso a Rua Mãe de Barreiras.